segunda-feira, 13 de julho de 2009

(...)

Não quero conversas de circunstância. Chega de "olá, tudo bem?" e outras perguntas para as quais a resposta não importa. É grande a vontade de dizer alguma coisa, nem que seja coisa nenhuma. E estou farto.

Dêem-me as perguntas que importam, os momentos que interessam e os olhares que falam. Não quero palavras automáticas.
Chega de marasmo e estagnação.
Quero o resto. O outro lado, se preferirem.

As palavras entram, entram, entram e empilham-se em caixotes iguais, cinzentos e selados que não têm interesse nenhum por fora. E ocupam espaço que chateia e me tira as primeiras horas quando me deito para dormir, enquanto procuro abri-las e tirar de lá alguma coisa de útil e que valha a pena repetir.

Dia após dia, tudo outra vez. O espaço não dura para sempre.

Se posso escolher, prefiro o silêncio.

Silêncio que custa.

What you see is what you get.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

letras para ninguém

O meio

Conto sem pressa os segundos que passaram desde que pensei em ti pela última vez.
Sem querer... Zero outra vez.

Tenho medo de uma palavra. Ridículo, não?

Mas ela chega em pés de algodão e aninha-se no espaço entre o lábio inferior e o superior.

Não a deixo sair, porque não é sentida.
Mas faz sentido.

E ela cresce, ganha formas.
É intensa. Sinto o seu sabor, é quente. Queima.

Mas não é real.
Se saísse era mentira.


Hoje.

"Um dia troco a ideia de quem és, por ti."