sábado, 14 de fevereiro de 2009

Já repararam que...

hoje é(foi) Sexta-feira 13? E amanhã, para curar o azar, é dia dos Namorados?
No espaço de 24 horas, vamos deixar de evitar os gatos pretos, as escadas, e todas aquelas superstições idiotas que estremecem uma sociedade já em sobressalto, para procurar os coraçõezinhos, os poemas lamechas, as setas do Cupido, as frases feitas, os postais da loja, o esperado presente inesperado...

Tristes os dias em que o Amor segue as regras do calendário.

"Peça a peça (des)construo a barreira que nos divide."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quadro pintado em nexo.

Sem querer mergulho em águas nas quais não sei nadar. Não sei para onde vão os braços, as pernas não me obedecem, a cabeça só pensa em ter o ar que não chega onde quero.

Não me sufoca. Assusta mas não me mata. Incontrolável, incontornável e imprevisível, como toda a onda que se orgulhe de o ser.

Palavras? Não as tenho para ti. Ficam penduradas em ganchos, são cortadas como carne e sabem ao vapor do que podia ser, mas não é.

"Um dia dou-te as minhas costas"

domingo, 8 de fevereiro de 2009

É normal...

"A maioria acha que"..."Qualquer um" isto, "não há ninguém que" aquilo, "às vezes" sim, "outras vezes" não. Queremos ser "e" e/ou "ou", para não cairmos em erro.
Estereotipamos as palavras e os actos, contradizendo voluntariamente a unicidade do ser humano. Não sabemos como nos vão ouvir, nem o que vão perceber do que ouvem. Mas falamos na mesma. Temos algo a dizer, nem que seja um lugar-comum, um punhado de nada para embelezar um não-assunto.
Dietas de pragmatismo e sinceridade, até quando?

"Minto com os dedos e sinto com os olhos que não te encontram"

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Alternativo

Persisto em ver no que não conheço a hipótese melhor. A escolha acertada, a palavra certa no momento certo, palavras que me faltam, ou melhor, que estão lá, sempre lá, mas não do meu lado. O quintal do vizinho parece mais cuidado, mais limpo, recebe melhor o Sol e reflecte-o de maneiras que só sei definir depois de ver. Resta-me a vista, ao menos é melhor que a dele.

Queria saber tudo, do A ao Z, para poder ser tudo o que preciso e passear nas letras das tuas dúvidas. O que precisas. O que queres, mas não sabes querer. O "bem te disse" antes de acontecer, "aquilo que eu queria ouvir" antes de o precisares. O Depois antes do Antes. O abraço antes do adeus que devia ser proibido, porque há metades que não foram feitas para ser separadas. Metades? Não, só uma migalha do grande Eu que te compõe, não desejo mais que a plenitude.

Ser o Palhaço, o Amante, o Amigo, ser tudo e todos, menos quem te faz chorar.

Olhar-te em câmara lenta, para aproveitar cada segundo.
Fotografar-te com os olhos para te rever sempre que se fecham.

"Acho que não era bem isto."